quinta-feira, 25 de março de 2010

Ponte Magdeburg (Alemanha)

Uma ponte passa acima de um rio e serve para levar automóveis e pessoas de um lado a outro, através da terra, certo? Errado! E o argumento para isso é a ponte Magdeburg, na Alemanha.

A fim de encurtar as viagens de barco pelo rio Elba — um dos maiores da Europa — a ponte foi construída para conectar dois canais navegáveis da Alemanha: o Mittelland e o Elba-Havel. Ela escoa parte da produção industrial do país comportando embarcações com até 1350 toneladas de carga e também servem de passagem para pedrestres.



Durante seis anos, de 1997 a 2003, a obra da Magdeburg minou meio bilhão de euros do governo.Os números são impressionantes: 918 m de comprimento, 4,25 m de profundidade e 34 m de largura. A construção demandou 64 mil metros cúbicos de cimento e comporta 132 mil toneladas de água.



Joice e Patrick

Fontes: http://spintravel.blogtv.uol.com.br/2009/01/31/pontes-incriveis-magdeburg-alemanha--parte-2-de-10
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,993001,00.html


Belo Horizonte por um Autor-arquiteto


Belo Horizonte foi uma ciade planejada, a princípio ficaria limitada pela Av do Contorno, antiga 17 de Dezembro, mas ela foi inaugurada as pressas e se estendeu muito mais do que o esperado. Hoje a cidade é setorizada e veremos alguns exemplos disso.

1-O Complexo Arquitetônico da Pampulha nos remete a visão da cidade como escrita, pois ele foi desenhado pelo jovem arquiteto Oscar Niemeyer a pedido de Juscelino Kubitschek com o intuito de atender a uma elite de Belo Horizonte nos anos 50 e com o tempo vem sendo modificado de acordo com as necessidades, a exemplo, o Parque Ecológico que é uma porção da lagoa que foi assoreada.


2-Em 1893, na época da construção idealizadora de Belo Horizonte, Venda Nova era isolada do restante da cidade. Mas essa mesma região tornou-se uma centralidade ao passar do tempo, atualmente encontram-se nela: bancos, hospitais, comércio e escolas, ou seja, sua população quase não precisa ir ao centro da capital para resolver problemas.


3-A UFMG possui um objetivo monofuncional, pois ela é especializada no em ensino médio, superior, pós graduação e em pesquisas.Já os condomínios fechados, apesar de também serem monofuncionais, têm uma ligação com a vontade íntima das pessoas de fugir do caos da cidade grande. A casa deve representar tranqüilidade e segurança.

4-A Praça Sete pode ser:
  • Um não-lugar, quando é utilizada apenas como via de ligação de pessoas indo ou vindo do trabalho/escola;.

  • Um lugar, quando é utilizada para a prática de skate ou protestos, nesses momentos as pessoas se apropriam do espaço público em benefício próprio ou de um grupo determinado.

5-A região hospitalar de BH, no bairro Santa Efigênia, é uma atração para as pessoas que moram na região metropolitana que vem fazer tratamento na capital por falta de infra-estrutura de suas cidades natal.


6-No bairro da Serra pode-se observar a conurbação urbana, uma região em que coexistem pessoas de padrões de vida altos e baixos.


7-A cidade imaginada seria a intervenção no Parque Mangabeiras com a construção de um bonde para a apreciação da cidade a partir da Serra do Curral.


domingo, 21 de março de 2010

A cidade vista de vários ângulos

Garimpo do professor Hamilton

Belo Horizonte seduz a todos por sua exuberância, paisagens, arquitetura e pela diversidade de espaços oferecidos. A maneira como esses lugares são vistos diferenciam-se pelos olhares de cada um. O que pode parecer insignificante para um, pode ser muito importante para o outro, e vice-versa. Analisando esses espaços pelos conceitos de heterotopias, isotopias, utopias e neutros encontrar-se-á certa dificuldade em classificá-los, já que, como foi dito, depende da interpretação individual.

De acordo com Henri Lefebvre, autor do livro “A revolução urbana”, isotopia seria o lugar do mesmo, o mesmo lugar; heteroto
pia o outro lugar o lugar do outro; utopia o não-lugar, o lugar daquilo que não acontece e que não tem lugar; já os espaços neutros seriam os lugares de passagem, que não são nulos, mas são indiferentes.

Exemplificando po
demos citar os shoppings que existem em Belo Horizonte: alguns mais populares, como o Oiapoque e o Xavantes e outros mais elitistas, como o BH shopping. Apesar dessas diferenças, eles apresentam entre si características isotópicas, pois suas lojas estão estruturadas de mesma maneira em boxes e possuem a função de venda de produtos. E em relação à rua eles apresentam-se como heterotópicos, pois se fecham em si mesmos negando o espaço externo da rua. Sendo assim, percebe-se o caráter relativista da interpretação dos espaços.


Outro exemplo seria os aglomerados. A dificuldade de classificação se dá quando você passa de observador externo a observador interno. Esse primeiro tem uma visão de que todas as vilas são iguais, constituídas de uma desordem, onde moram pessoas de baixa renda, e generaliza essas características tornando-as isotópicas. Já o segundo, possui um olhar mais singular e, por estar mais próximo à realidade do lugar, pode perceber suas diversas formas de ocupação e do espaço. Neste ponto de vista, tornam-se heterotópicos.


A utopia reúne a realidade com a idealização do que se deseja naquele momento, ou seja, é uma apropriação momentânea de um espaço físico para
realizar algo que não é característico do local. Como exemplo, podemos citar a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena. Um local com trânsito de carros e pedestres que possui apenas uma função neutra torna-se um espaço de prazer, lazer e compras aos domingos na capital mineira.



Como futuras
arquitetas devemos perceber a constante mudança da cidade e criar projetos coletivos identificando os diversos olhares da população a partir da interação entre pessoas e ambiente. Não devemos criar projetos que sejam totalmente desconexos com a realidade da região, pois assim estaríamos criando espaços heteropóticos, talvez sem nenhuma importância.

Joice e Raíssa